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sábado, 22 de outubro de 2011

Uma reflexão sobre o Salmo 73



 Salmo 73:2-3 NTLH -  "Porém, quando eu vi que tudo ia bem para os orgulhosos e os maus, quase perdi a confiança em Deus, porque fiquei com inveja deles."



"Então eu me esforcei para entender essas coisas, mas era difícil demais para mim
Salmo 73:16 NTLH


Ser jovem hoje em dia não é nada fácil, ser jovem e cristão então... Mesmo vivenciando o poder de Deus nas nossas vidas, e sabendo que Ele está no controle, às vezes nos sentimos impotentes diante de tantas injustiças que somos forçados à presenciar diariamente.
E a mais variada sorte de injustiças e enganos não se dá somente entre as pessoas que não conhecem a verdade do Evangelho, diariamente vemos boquiabertos, pessoas que pregam um evangelho “Self Service” indo de vento em popa em todos os sentidos, igrejas lideradas por lobos em pele de lobo mesmo, inchando à olhos vistos.
Asafe, um levita usado por Deus para compor salmos que nos abençoam em momentos tão difíceis, não foi poupado dessa realidade. Ele mesmo se encontra abalado em sua fé e questionando o porque de ímpios prosperarem e viverem de maneira que nos parece tão segura e livre de tribulações e problemas. E nos conta que tais questionamentos o levaram à balançar no caminho.
O seu grande erro foi ter olhado para o homem, deixou de olhar para Deus e começou prestar atenção no que acontecia ao mundo ao seu redor, sem no entanto lembrar que isso tudo passa.
A verdade é que as vezes parece que estamos em uma canoinha furada no mar em tempestade, enquanto o mundo passeia de iate em um mar calmo.

Salmo 73:12 – “Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas.

Mas assim como Asafe, quando estamos na presença de Deus vemos o fim de tudo isso...

Salmo 73:

17 - até que entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles.
18 - Certamente tu os pões em lugares escorregadios, tu os lanças para a ruína.
19 - Como caem na desolação num momento! ficam totalmente consumidos de terrores.
20 - Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás as suas fantasias.
21 - Quando o meu espírito se amargurava, e sentia picadas no meu coração,
22 - estava embrutecido, e nada sabia; era como animal diante de ti.
23 - Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita.
24 - Tu me guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória.
25 - A quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti.

Porém, a maior descoberta de Asafe não foi saber como os ímpios acabam, mas como os justos permanecem para sempre. Ele lembrou-se de algo que só o crente pode dizer:  todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita” (vers 23). Em meio ao sofrimento, o crente não está sozinho nem desamparado. Na estrada íngrime da fé, só o crente pode dizer Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória” (vers 24). Ao pensar nessas verdades, Asafe só podia exclamar quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra” (vers 25). Ah! meu irmão, Deus te basta! O Senhor te é suficiente! Se você tem Deus no céu e se deleita dele na terra, então nem a maior prosperidade dos ímpios nem o maior sofrimento irá te tirar a alegria da salvação! O segredo que Asafe descobriu é que ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre (vers 26).
O que é melhor, possuir todas as riquezas do mundo ou viver na presença de Deus? Depois de encontrar-se com Deus no santuário, Asafe não teve mais dúvidas: quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos” (vers 28). Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade material na terra e uma eternidade no inferno?
Tenho certeza que não, logo, não há motivo para você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade.


Luis Carlos Pereira
em Cristo


terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Parábola do Filho Pródigo.





    “E disse: Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado” (Lucas 15:11-32).




    Esta parábola (filho pródigo-Lc 15) é um dos textos mais comoventes e edificantes da bíblia. Na decisão do filho pródigo, podemos ver as dúvidas que nos afligem, e que muitas vezes nos fazem questionar se faz sentido ser fiel ao Pai . Na passagem em que filho pródigo passa fome, temos a visão da nossa miséria quando afastados de Deus. Os porcos eram considerados animais imundos pelos judeus, e o filho após abandonar seu pai, vivenciou aquilo que era uma das piores coisas aos olhos do seu povo, chegou ao ponto mais baixo que poderia chegar estando afastado de seu pai.
Mas no abraço acolhedor que o pai deu em seu filho, no retorno para casa, vemos o poder do amor incondicional de Deus.
Nesta parábola Jesus associa o amor incondicional de Deus à figura de um pai, Jesus quer nos mostrar o quanto temos uma visão equivocada à respeito de Deus, muitas vezes o vemos como um pai rancoroso e vingativo, e não como um pai amoroso e disposto à nos perdoar. O Pai que Jesus nos mostra, é um pai amoroso; que disciplina, mas ama o perdão.
Jesus nos mostra uma imagem de pai, cheia de perdão e amor incondicional. Esse pai coloca limites necessários, mas não os confunde com falta de liberdade. É um pai que às vezes diz não, mas que confia, e sabe o que é melhor para nós, Ele abre os braços e solta o filho, porque somos livres em Cristo.
Se o filho pródigo tivesse medo do pai, como poderia voltar para casa e pedir perdão? 

Se alguém tem medo de Deus, como terá coragem de pedir perdão?




“ ...E o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” João 6:37b





Luis Carlos Pereira
em Cristo