Total de visualizações de página

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Coreia do Norte executa mulher que distribuía Bíblia

Uma mulher cristã acusada de distribuir a Bíblia, livro banido na comunista Coreia do Norte, foi executada publicamente pela infração no mês passado, informaram ativistas sul-coreanos nesta sexta-feira. Ela foi morta na cidade de Ryongchon, perto da fronteira com a China.

Mãe de três filhos, Ri Hyon Ok, de 33 anos, também foi acusada de ser espiã da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, e de organizar dissidentes, segundo um grupo direitista de Seul, citando documentos obtidos sobre ações no país vizinho.

De acordo com o relatório da Comissão de Investigação sobre Crimes Contra a Humanidade, o marido, os filhos e os parentes de Ri foram enviados a uma prisão política no dia seguinte à sua execução, em 16 de junho. A agência de notícias oficial da Coreia do Norte não se pronunciou sobre o caso.

A morte é o mais recente capítulo violente envolvendo religião na Coreia do Norte, um país onde o cristianismo floresceu e cuja capital, Pyongyang, já foi conhecida como a "Jerusalém do Oriente" pela predominância da fé cristã.

A Constituição do país garante a liberdade religiosa, mas, na realidade, o regime comunista restringe severamente a prática de religiões. O culto à personalidade criado pelo fundador Kim Il-sung e usufruído por seu filho, o atual líder Kim Jong-il, serve como uma espécie de religião do Estado. Aqueles que violam as restrições são comumente acusados de crimes como espionagem ou atividades contra o governo.

Quatro igrejas têm autorização do governo para funcionar: uma católica, duas protestantes e uma ortodoxa russa. No entanto, elas atendem somente os estrangeiros, pois norte-coreanos não podem comparecer às missas. Ainda assim, estima-se que mais de 30 mil cidadãos pratiquem a fé cristã escondidos, o que representa um grande risco pessoal, dizem desertores e ativistas.

Um estudo americano sobre abertura religiosa no mundo divulgado em maio de 2008 afirma que "não há genuína liberdade religiosa" na Coreia da Norte.

"As práticas e locais autorizados à reza (...) são fortemente controlados e usados para disseminar a mentalidade política e diplomática do governo", afirma o relatório. "Outras atividades públicas e privadas são proibidas e qualquer pessoa que for descoberta se engajando em práticas clandestinas sofre discriminação por parte das autoridades, é presa e, possivelmente, executada", acrescenta.

- A Coreia do Norte parece ter julgado que as forças cristãs poderiam representar um perigo para seu regime - disse o ativista Do Hee-youn à AP nesta sexta-feira em Seul.

Segundo o estudo americano, há cerca de 6 mil cristãos presos na "Prisão nº 15", no Norte do país, onde presos religiosos têm tratamento pior que os demais.

fonte:http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/07/24/coreia-do-norte-executa-mulher-que-distribuia-biblia-dizem-ativistas-756959547.asp

terça-feira, 21 de julho de 2009

Entrevista de Julio Severo para a revista Cristianismo Hoje

Cristianismo Hoje: Que tipo de ameaças o senhor recebeu por conta de sua militância contra a homossexualidade e que o obrigaram a deixar o país?

Julio Severo: Já recebi emails ameaçando processos, sem contar os inúmeros xingamentos. Várias comunidades no Orkut ligadas a mim ou feitas para honrar meu trabalho foram denunciadas e fechadas. Em contrapartida, as muitas comunidades que me denunciam como “criminoso” nunca foram fechadas. Essas comunidades encaminham o público radical a fazer denúncias diretamente nos órgãos do governo Lula.

Em julho de 2007, meu blog foi fechado pelo Google depois de uma longa campanha de denúncias de ativistas homossexuais. Graças à intervenção de advogados evangélicos e um procurador, o Google liberou meu blog, entendendo que meu direito de livre expressão estava sendo violado. [Não posso deixar de mencionar também o papel importante do filósofo Olavo de Carvalho, que na época escreveu um artigo em minha defesa no Jornal do Brasil.]

Em sua página pessoal de internet, o líder máximo do movimento homossexual brasileiro, Luiz Mott, publicou o nome completo, endereço e telefone de “Julio Severo”. Felizmente para mim e minha família, ele postou os dados de outra pessoa! Tempos atrás interceptei mensagem de Luiz Mott a outros líderes gays, onde havia o pedido para que se levantassem a meu respeito informações pessoais como nome completo, endereço, fotos, histórico, etc.

Além disso, sou alvo de outros tipos de ataques. Regularmente aparecem páginas de internet, com conteúdo de pornografia homossexual, contendo meu nome, como se eu estivesse ligado a tais obscenidades. O objetivo, sem dúvida, é levar o internauta que pesquisa meu nome a terminar numa dessas páginas pornográficas. Um conhecido site esquerdista chegou a publicar uma entrevista forjada, onde o falso “Julio Severo” se confessa um homossexual promíscuo.

Precisei sair do país depois que procuradores, numa atitude abusiva, intimaram um amigo meu a revelar minha localização. Mesmo depois que meu amigo declarou, com a ajuda de um advogado, que ele não tinha nenhuma responsabilidade pelo conteúdo do meu blog, o MPF continuou intimando-o. A alegação deles é que havia uma queixa de “homofobia” registrada contra mim em 2006.

Cristianismo Hoje: Onde o senhor está atualmente? Há quanto tempo o senhor está neste local? Por que a opção por este local?

Julio Severo: O lugar em que estou foi escolha de um evangélico que escutou um apelo em favor de mim. Esse apelo foi feito pelo filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, através de seu programa de rádio na internet. Depois de ouvir o apelo, ele se mobilizou para ajudar.

Cristianismo Hoje: Quando o senhor pretende voltar ao Brasil? Sua volta depende de quê?

Julio Severo: O Brasil está descaradamente caminhando para uma ditadura cultural e legal pró-homossexualismo e pró outras perversões, inclusive o sacrifício de crianças com amparo estatal. Que chances tenho eu de prosseguir meu trabalho sem sofrer muitas outras ameaças?

Além disso, outras posições cristãs e éticas que eu e minha família temos são encaradas injustamente como “crimes” pela pseudo-democracia brasileira, trazendo grandes riscos de segurança para nós. Defendemos abertamente a educação escolar em casa, opção educacional que estava disponível para as famílias brasileiras até que os esquerdistas suprimiram, sem que ninguém percebesse, tal liberdade na Constituição de 1988. Em países genuinamente democráticos, nenhum pai ou mãe enfrenta perseguição por educar os filhos em casa.

No Brasil, o mesmo Estado incompetente que não consegue tirar crianças das ruas consegue invadir lares e ameaçar pais e mães inocentes com prisão pelo “crime” de educar em casa. Eu pessoalmente vi, em São Paulo e no Rio, crianças nas ruas pedindo esmola. Em São Paulo vi uma menina de 8 anos pedindo esmola às 23h30min! Contudo, se ela fosse uma menina educada em casa, bem alimentada e segura, as autoridades incompetentes conseguiriam invadir seu lar, tomar-lhe a guarda e, quem sabe, entregá-la em adoção a um “casal” homossexual.

Defendo também a liberdade de os pais optarem por não vacinar seus filhos, considerando o fato gravíssimo de que a maioria das vacinas infantis é feita a partir de linha de células fetais de bebês abortados.

Tive também acesso à informação confidencial de fonte de alto nível me avisando do Ministério da Saúde (MS) preparando medidas e retaliações contra mim porque o MS atribuiu diretamente aos meus textos o baixo índice de vacinação em sua recente campanha da rubéola. A própria imprensa brasileira confirmou o impacto dos meus artigos como importante fator na conscientização da população, onde um grande número acabou rejeitando a vacinação durante a campanha da rubéola.

No Brasil, posturas éticas em defesa da liberdade de escolha e dos direitos prioritários dos pais em importantes decisões de educação e saúde dos filhos estão custando um alto preço para muitos pais cristãos. Eu e minha família vivemos essa dura realidade na própria pele.

Enquanto a maioria absoluta dos brasileiros (pais, mães, cristãos, etc.) vai perdendo direitos necessários sem nem mesmo perceber, a minoria homossexual ganha do Estado o direito completamente desnecessário de promover e praticar o ato de enfiar ou receber o pênis no ânus. Atribuo a cegueira do povo brasileiro (inclusive católicos e evangélicos) às campanhas de doutrinação estatal com a cumplicidade da mídia comprada.

Uma sociedade justa e saudável tem escolas que, em vez de doutrinarem as crianças no homossexualismo, ensinam o valor do casamento, o valor do papel do pai e da mãe, o valor do sexo conjugal e desestimulam as crianças de todo comportamento nocivo, inclusive o homossexualismo. Uma sociedade que não tem essa justiça inevitavelmente acaba perseguindo as pessoas honestas e justas.

Cristianismo Hoje: O senhor diz que saiu com sua mulher e dois filhos. Qual tem sido sua atividade aí e de onde vem seu sustento?

Julio Severo: Minha atividade aqui é exatamente a mesma atividade que Deus me deu no Brasil: alertar, informar, conscientizar, através do meu blog. Não vou abandonar minhas responsabilidades para com o Brasil.

Meu sustento atual está vindo da colaboração voluntária dos leitores e admiradores do meu blog.

Cristianismo Hoje: O senhor diz que promotores do Ministério Público têm pressionado pessoas conhecidas suas no Brasil para que informem seu paradeiro. Quem são estes promotores? O MP já abriu investigação contra o senhor?

Julio Severo: Tecnicamente, seria impossível o Brasil se tornar a nação mais obcecada do mundo na promoção do homossexualismo, mas isso aconteceu. Tecnicamente, não haveria o que o MPF fazer contra mim, pois não existe nenhuma lei anti-“homofobia” no Brasil. Mesmo não havendo tal lei, outros cristãos brasileiros já foram perseguidos por “homofobia”. Que país é esse, que age arbitrariamente com base exclusiva nos sentimentos pró-homossexualismo do presidente Lula? Que tipo de justiça eu posso sofrer por minhas posições públicas sobre o homossexualismo, sendo inclusive autor do livro “O Movimento Homossexual”, publicado há 11 anos pela Editora Betânia?

O que poderiam fazer, conforme orientações que recebi de advogados católicos e evangélicos, é tentar me cercar com outras acusações mais viáveis, e isso já está sendo feito. À queixa de “homofobia” foram adicionadas posteriormente queixas de jornalistas muçulmanos e adeptos de religiões afro-brasileiras. As novas acusações no MPF partiram de indivíduos insatisfeitos com os textos do meu blog sobre as práticas de bruxaria e da religião muçulmana.

Antes que fechassem o cerco, tomei a iniciativa de proteger minha família e meu trabalho, pois posso continuar alertando o Brasil a partir de qualquer localidade do mundo. Saí também para aliviar as pressões injustas do MPF sobre um amigo.

Cristianismo Hoje: Se o PL 122/2006 ainda não foi aprovado, com base em qual instrumento legal o senhor seria denunciado?

Julio Severo: Na base da pura truculência estatal. A VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) teve seu direito de livre expressão totalmente violado numa campanha de defesa da família, pois sob pressão de ativistas gays e do governo federal uma juíza acolheu contra a VINACC queixa de “homofobia”. Isso ocorreu em 2007, um ano depois da primeira queixa contra mim. Ainda em 2007, o Pr. Ademir Kreutzfeld, da Igreja Luterana de Santa Catarina, foi intimado porque o maior ativista homossexual do seu estado entrou com queixa por “homofobia”, posteriormente desistindo da ação, por causa das pressões contrárias que eu e meus amigos conseguimos levantar. Infelizmente, porém, a VINACC foi obrigada a remover seus outdoors pró-família. Tudo o que os outdoors diziam era: “Homossexualismo: E Deus os criou homem e mulher e viu que isso era bom”. Essa simples declaração foi considerada “criminosa” e “homofóbica”. Só um governo ditatorial proibiria tal campanha pacífica. Tal é o governo Lula.

Cristianismo Hoje: Em que etapa está o processo que foi movido contra o senhor pela ABGLT?

Julio Severo: Não sei. A ABGLT (agora ABLGT) entrou com queixa contra mim por “homofobia” em novembro de 2007, pedindo o fechamento do meu blog e ações criminais contra minha pessoa. Poderíamos desconsiderar essa ameaça como sem efeito, pelo tempo que já passou. Foi o que fiz também em 2006, quando recebi um email da Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, dizendo que estavam entrando com queixa contra mim no MPF. Não dei atenção, pois recebo muitas ameaças. Para mim, era apenas mais uma ameaça. Contudo, no final de 2008, um amigo meu entra em contato comigo dizendo que estava sendo intimado pelo MPF a revelar minha localização. Com a ajuda de um advogado, ele se defendeu, porém o MPF não aceitou a defesa e continuou pressionando. Para um queixa de “homofobia” de 2006 que eu achava que não ia dar em nada, acabou dando nisso. E ainda há outras queixas: Em maio de 2008, Luiz Mott, em confissão pública, declara também que entrou com queixas contra mim no MPF e outros órgãos.

Cristianismo Hoje: Quem está no Brasil defendendo seus interesses e seus direitos?

Julio Severo: Um escritório de advocacia, de direção evangélica, assumiu voluntariamente a defesa de meu direito de livre expressão.

Cristianismo Hoje: O senhor tem recebido apoio de alguma pessoa, igreja ou instituição?

Julio Severo: Antes de sair do Brasil, recebi muitas manifestações de carinho e apoio, desde irmãos em Cristo simples como eu até pastores, advogados, promotores e outros líderes.

Cristianismo Hoje: Por que o senhor começou sua militância nesta área do homossexualismo e suas relações com a fé cristã e desde quando está envolvido nisto?

Julio Severo: No começo de 1995 senti claramente Deus me dirigindo a escrever um livro sobre a ameaça do movimento homossexual. Durante algumas semanas, hesitei, pois o tema homossexual era um tabu enorme. Não havia paradas gays, nem a obsessão homossexual que vemos hoje em tudo: escolas, mídia, etc. Depois de algum tempo, venci meus temores e aceitei o chamado do Espírito, começando a pesquisar sobre o movimento homossexual. Quando, em meados de 1995, ocorreu no Brasil a primeira conferência internacional da ILGA no hemisfério sul, entendi a intenção divina de me chamar para o combate, pois depois da conferência os grupos gays brasileiros ganharam um impulso extraordinário para avançar. Deus antecipou essa agressão espiritual do inferno com uma ação da agenda do Reino de Deus. Foi assim que nasceu meu livro “O Movimento Homossexual”, publicado pela Editora Betânia em 1998.

Cristianismo Hoje: O senhor já teve algum envolvimento pessoal com homossexualismo? Caso positivo, como se deu a sua mudança de comportamento, já que hoje o senhor mantém há longo tempo uma relação heterossexual estável que já lhe deu dois filhos?

Julio Severo: Nunca fui homossexual.

Cristianismo Hoje: O senhor se denomina um ativista pró-família. Em quê consiste seu trabalho?

Julio Severo: Essa designação me foi dada por líderes evangélicos e católicos nos EUA, exatamente pela repercussão de meus artigos em inglês em defesa da família. Meu trabalho consiste principalmente em alertar e defender os valores da família. As famílias precisam compreender fatos fundamentais: 1. Filhos são bênçãos inigualáveis. 2. Decisões de saúde e educação dos filhos pertencem prioritariamente aos pais. Portanto, as famílias precisam lutar contra o Estado voraz que, em desafio ao planejamento divino, desvaloriza os filhos, o lar, o papel das mulheres, o casamento e usurpa os papéis dos pais, removendo deles o direito prioritário de decidir questões de saúde e educação dos filhos. Hoje o Estado amigo-da-onça é a maior ameaça à integridade da família.

Cristianismo Hoje: Muitos de seus detratores o chamam de radical. O senhor se considera um fundamentalista?

Julio Severo: Sou apenas um servo de Deus, radicalmente apaixonado por Jesus. Muitas igrejas do Brasil, tanto evangélicas quanto católicas (não o Vaticano, que é conservador), estão radicalmente comprometidas com a esquerda e é natural que queiram tachar de radical quem ouse pensar diferente da ideologia predominante na sociedade e nas igrejas. Quanto às designações, no final vai valer somente o que Deus disser. Por isso, minha meta é agradar a Deus.

Cristianismo Hoje: A sexualidade, além de tabu entre muitos evangélicos, é uma das questões que mais suscitam polêmica neste segmento. Em sua opinião, por que isso acontece, levando-se em conta a concepção cristã de que o sexo é uma dádiva de Deus a seus filhos?

Julio Severo: Se perdermos de vista o propósito de Deus para o sexo, perdemos o rumo de tudo na área sexual. Deus conferiu aos seres humanos a capacidade reprodutiva, onde podemos dar continuidade à maior obra que Deus criou no começo de tudo: o homem e a mulher. Na sexualidade, participamos com Deus no Seu projeto de criação. É como no evangelismo. É um prazer ver uma alma sendo resgatada pelo sacrifício de Jesus. Mas a alma do evangelismo não é o prazer. O mesmo se aplica à sexualidade. O prazer tem seu papel, porém o propósito prioritário do sexo é o estabelecimento da família: pai, mãe e filhos. Sem tal perspectiva, o sentido do sexo se evapora.

Cristianismo Hoje: O aborto é um tema do interesse evangélico? Faz parte da agenda da liderança evangélica? Por que não, ou por que sim? De que forma? Como foi a repercussão de sua polêmica com o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, sobre esse assunto?

Julio Severo: Acho o aborto um problema muitíssimo importante, pois envolve o sacrifício dos inocentes. Sabemos que Satanás exige tais sacrifícios a fim de operar mais na sociedade. Por isso, para ele é de fundamental importância legalizar tais sacrifícios. A legalização do aborto faz parte de um projeto das trevas para expandir a atividade demoníaca na sociedade, com suas conseqüentes devastações.

Infelizmente, as igrejas evangélicas de forma geral estão em cima do muro. Somente o Vaticano (não a CNBB) tem uma voz cristã clara, objetiva e forte nessa importante questão.

Fazia parte da agenda dos israelitas, sob o comando de Deus, exterminar os sacrifícios de crianças da Terra Prometida, e havia conseqüências graves quando eles não conseguiam cumprir tal missão. O motivo por que não faz parte da agenda da vasta maioria das igrejas evangélicas brasileiras exterminar toda medida política, legal e cultural que favorece o aborto é porque os evangélicos perderam a visão e o respeito pelo valor dos filhos. Filhos são bênçãos especiais e essenciais no projeto de Deus para o casamento e sexualidade.

Uma cultura que desvaloriza crianças (e temos de reconhecer que a atual cultura é fundamentalmente contraceptiva) fatalmente valoriza o aborto. Todas as sociedades contraceptivas legalizam o aborto. Ao invés de confrontar a cultura anti-bebê e anti-criança, tudo o que as igrejas têm conseguido fazer é se adaptar. É uma apostasia que começou na área sexual, atingiu o casamento e família, e agora atinge em cheio os púlpitos, tornando as igrejas cristãs e suas mensagens quase que socialmente insignificantes.

A luta contra o aborto envolve necessariamente o resgate do valor original da sexualidade e filhos. Quando os casais e as igrejas tornam as crianças irrelevantes para o sexo e família, eles próprios se tornam irrelevantes.

Quanto à IURD, suspeito que se estivessem presentes nos tempos de Josué e Davi eles apoiariam os cananeus e seus sacrifícios de crianças, pois só quem gosta de tais sacrifícios é que apóia o aborto. Ao apoiar o aborto, a IURD se descaracterizou completamente como entidade cristã.

Cristianismo Hoje: Embora desagrade os crentes, a regulamentação da união civil entre homossexuais parece estar vindo para ficar – por todo o país, diversos tribunais têm não apenas reconhecido os direitos civis decorrentes dessa união, como também concedido aos parceiros gays até mesmo o direito à adoção de filhos na condição de “dois pais” ou “duas mães”. No entanto, as Igrejas Católica e Evangélica permanecem frontalmente contrárias a tal prática, atuando no sentido de que não seja regulamentada. Em um Estado democrático de Direito, qual legitimidade tem o segmento religioso de interferir na vida em sociedade?

Julio Severo: Em um legítimo Estado democrático de direito, a família natural e seus interesses são respeitados e protegidos acima de todo e qualquer interesse de outros grupos. O que o falso Estado democrático de direito quer impor é a descaracterização da família e sua importância, colocando como prioridade um comportamento sexual anti-natural que nenhuma função tem para a preservação da espécie humana ou para a estabilidade da família humana. Do ponto de vista natural, a homossexualidade é uma das maiores aberrações e ameaças à família natural.

A sociedade é dividida em diferentes segmentos ideológicos. Há o segmento que tem ideologias religiosas e o segmento que tem a ideologia homossexual. Se a maioria religiosa não tem, conforme a opinião do “Estado democrático de direito”, o direito de impor sobre a sociedade seus valores, que direito tem então a minoria homossexual?

Do ponto de vista da democracia tradicional, é ditatorial submeter a vontade da maioria à vontade de uma minoria. Só uma democracia deturpada permitiria tal medida.

Esse embate, onde uma minoria é manipulada por um Estado de linha socialista para anular e silenciar a maioria, é o exemplo mais representativo e gritante da fomentação da luta de classes, estratégia marxista para a implantação de ditaduras.

O mundo foi criado por Deus, não pelo Estado. Nem as famílias, nem as igrejas, nem a sociedade e muito menos o Estado democrático de direito podem viver sem Deus e seus valores. Isso é impossível e destrutivo.

O chamado “Estado democrático de direito” não está acima de Deus e seus valores. Qualquer que seja o Estado, ele é ministro de Deus, conforme Romanos 13. Em outras palavras, o Estado tem o chamado e a obrigação de servir a Deus. Quanto a nós, não temos nenhuma obrigação de endeusar ou idolatrar o Estado, muito menos um Estado que descaradamente distribui cartilhas pornográficas e camisinhas para crianças de 10 anos nas escolas.

Temos também de notar que o Estado não tem chamado de criar direitos. Sua função básica é proteger os direitos naturais já existentes. Contudo, o Estado socialista estabelece direitos artificiais, criados à revelia da natureza e das leis divinas, que acabam ameaçando os direitos naturais. É o nazismo em roupagem “democrática”. Por falar em nazismo — que era a siga do Partido dos Trabalhadores Nacional Socialista —, Hitler e a cúpula nazista eram homossexuais. Mera coincidência?

Cristianismo Hoje: Falta conscientização política e social aos pastores brasileiros? Por que isso acontece?

Julio Severo: Muitos pastores desconhecem os embates culturais e preferem não se envolver na política, por causa da corrupção presente até mesmo entre políticos evangélicos. A esquerda evangélica hoje detém quase que exclusivamente o monopólio da “conscientização política e social”. Daí, quando se fala em ação política ou social evangélica, a primeira imagem que vem à mente do público evangélico é a imagem de igrejas e grupos evangélicos atuando como se fossem meros braços assistencialistas do Estado socialista. Essa visão deformada é praticamente a única que os evangélicos do Brasil têm de “ação social”. Falta uma visão genuína de Reino de Deus para a atuação dos evangélicos na política brasileira.

Cristianismo Hoje: O combate ao sexo pré-conjugal é uma de suas bandeiras. Como convencer o jovem, inclusive o cristão, a manter a castidade num mundo que enfatiza o prazer e o descompromisso das relações?

Julio Severo: O tipo de castidade que as igrejas evangélicas hoje defendem é impossível, pois requerem dos jovens abstinência sexual, mas não propõem casamento quando os impulsos sexuais exigem satisfação a todo custo. O adolescente evangélico vai à escola, onde recebe doutrinação estatal para fazer sexo de todas as formas possíveis, vendo seus amigos namorando e fazendo sexo: o que ele acaba fazendo? Para piorar, as igrejas e as famílias dizem ao adolescente e ao jovem: reprima suas tentações e não pense em casamento até acabar os estudos. O resultado é que acontece hoje entre os jovens evangélicos exatamente o que está acontecendo entre os jovens não cristãos: sexo promíscuo.

Num tempo de suas vidas em que a prioridade de seus sentimentos está voltada ao sexo, as pressões principais sobre os jovens — vinda dos pais, dos amigos e das igrejas — colocam o casamento em último plano. Falta muita valorização do casamento e família para os jovens.

A Bíblia nos instrui: é melhor casar do que abrasar-se. O jovem vive muitas vezes abrasado. Como se isso não fosse suficiente, ele nasceu justamente numa era marcada pelo abrasamento, lascívia e prostituição. Por isso, quando o jovem não consegue mais se controlar, é fundamental não pressioná-lo a sacrificar possibilidades de casamento por causa de metas educacionais. De que adianta, do ponto de vista do Reino de Deus, um evangélico com diploma universitário com um rastro de prostituição? Tal rastro representa grandes perdas espirituais. Esse evangélico depois terá problemas pelo resto da vida, inclusive conjugais, pois sacrificou todos os seus valores em prol da deusa educação.

Portanto, se o jovem sente que é hora de casar, em vez de pressioná-lo ao contrário, as famílias evangélicas envolvidas deveriam apoiar e ajudar o moço e a moça a começarem sua vida juntos. Eles precisam se casar.

O que pude constatar em várias igrejas é que a maioria dos jovens que namoram já está fazendo sexo. Filhos de pastores estão engravidando moças fora do casamento. Filhas de pastores estão tendo bebês sem casar e às vezes até matando seus bebês escondido através do aborto. Tudo é sacrificado: bebês, casamento, moral, espiritualidade, comunhão com Deus. Tudo — menos as idolatradas metas educacionais.

Anos atrás um pastor evangélico me confessou que todos os jovens integrantes da equipe de louvor de sua igreja estavam fazendo sexo. O caminho certo é encaminhar rapidamente esses jovens ao casamento. Quando não são encaminhados, eles podem acabar trocando de “namoradas”, transformando assim seus relacionamentos em prostituição. Antes que se transforme em prostituição, é melhor transformar em casamento. Por isso, quando as famílias evangélicas sentem que o rapaz e a moça já estão num namoro, é recomendável ajudar num casamento sem demora.

Aliás, o conceito de namoro é uma invenção moderna sem nenhum apoio na Bíblia. Na área sexual e em outras áreas importantes, o que deve haver é compromisso. Não quer casar? Não namore. Quer sexo? Case. A Bíblia não diz: é melhor namorar do que abrasar-se. Recomendo a leitura do importantíssimo livro “Eu disse adeus ao namoro”, de Joshua Harris. A cultura do namoro leva menos ao casamento do que ao sexo promíscuo. Vale a pena optar pelo compromisso de casamento, em vez do namoro.

Só os rapazes e moças que não estão namorando ou não tendo nenhum tipo de relacionamento abrasante é que podem prosseguir com suas metas educacionais. Os outros, para o seu próprio bem-estar físico, moral, espiritual, psicológico e conjugal, precisam se casar o mais cedo possível.

Cristianismo Hoje: O senhor apresenta em alguns de seus posts uma forte tendência carismático-pentecostal – contudo, é um militante político-social, ao contrário da larga maioria dos crentes deste segmento, que costumam ser bem mais alienados, preferindo temas ligados à espiritualidade. Como fazer uma saudável conexão entre os dois extremos?

Julio Severo: Admiro grandemente Martinho Lutero e João Calvino em suas idéias políticas. Por exemplo, o conceito de porte de arma para a defesa pessoal e a pena de morte para assassinos eram idéias defendidas por esses dois grandes fundadores da Reforma. Eles eram politicamente mais bíblicos do que 99% dos evangélicos políticos que conheço hoje.

Tenho um relacionamento muito bom com reformados. Em 2006 o famoso teólogo reformado Harold O. J. Brown me convidou para preparar a edição de agosto do Religion & Society Report, um excelente período acadêmico conservador. O título do meu artigo de 12 páginas foi “Behind the homosexual tsunami in Brazil”, onde descrevo a esquerdização do Brasil, trazendo como conseqüência deterioração política, legal, cultural e estatal.

É claro que acima de tudo procuro me manter em sintonia com Jesus, que é o Rei do Reino de Deus. Esse Reino é essencialmente “político”, mas não no sentido desgastado que conhecemos. É um sistema de governo com leis e valores perfeitos.

Todos os cristãos são chamados a orar pedindo para que esse “Reino venha”, isto é, para que “esse Governo” venha. É a vontade de Deus que o Governo dEle avance no mundo que Ele criou. Quando oramos a famosa oração do “Pai nosso”, conscientemente ou não estamos pedindo para que o sistema político e legal de Deus seja estabelecido neste mundo. Portanto, não tenho como não me emocionar e me envolver no projeto político de Deus. Sou cidadão do Reino de Deus, chamado com todos os outros cidadãos do Reino a avançar o Governo de Deus no mundo, através de orações, testemunhos, ações, etc.

Cristianismo Hoje: Fale sobre sua trajetória religiosa. Quando o senhor tornou-se evangélico? Sua formação profissional e acadêmica? A qual igreja está ligado atualmente? No seu auto-exílio, como o senhor tem praticado a sua fé?

Julio Severo: Fui a uma igreja evangélica pela primeira vez com minha mãe, que atuava na umbanda. Ela encontrou Jesus numa igreja batista renovada. Meu encontro pessoal só ocorreu anos mais tarde, em 1981, quando senti Jesus me enchendo com seu Espírito Santo, depois de um período de busca angustiada e sede espiritual. A partir daquele dia, mudei. Comecei a ler a Bíblia com gosto, a orar, a buscar mais a Deus. Lembro-me de que, mesmo freqüentando os cultos e Escola Dominical pontualmente, eu gostava de colecionar gibis de terror e assistir a filmes de terror. Depois de experimentar a plenitude do Espírito Santo em mim, com 16 anos de idade, olhei para os gibis de terror e pensei: Que graça tem isso? Perdi todo gosto por programas de terror. Joguei tudo fora. Meus gostos mudaram. Reconheço que essa mudança veio de fora de mim. A presença do Espírito veio com paz e novas coisas para mim. Joguei o vinho velho fora e fiquei com o novo.

Além de “O Movimento Homossexual”, sou autor do livro Orações Proféticas, publicado pela Editora Propósito Eterno em 2007. Sou também responsável pelo Blog Julio Severowww.juliosevero.com —, em língua portuguesa; pelo Blog Last Days Watchman www.lastdayswatchman.blogspot.com — , em língua inglesa e pelo Blog Escola em Casawww.escolaemcasa.blogspot.com — , voltado para questões educacionais e defendendo o direito prioritário dos pais em decisões de educação e saúde de seus filhos.

No meu exílio estou freqüentando uma humilde igreja evangélica, com um pastor e membros muito humildes.

Estou aproveitando meu exílio, como Martinho Lutero no Castelo de Wartburgo, para escrever o que Deus tem posto no meu coração.

Cristianismo Hoje: Em seu blog, o senhor fez uma relação de líderes evangélicos que apoiaram ou apoiam o governo Lula como forma de denunciar os conchavos interesseiros de lideres que manipulam o povo. Quem são estes líderes? Quais as suas intenções? E qual foi a sua intenção ao fazer essa denúncia?

Julio Severo: A lista é tão grande que não dá para citar aqui. Desde líderes tradicionais como Guilherminho Cunha e Nilson Fanini até líderes menos tradicionais como a turma do Edir Macedo e outros. Todos querendo usar Lula para seus próprios fins, para favorecer suas concessões de rádio, TV e outros interesses. A grande tragédia é que assim como eles usaram Lula, Lula também os usou.

É triste constatar que famosos pastores e outros líderes com forte presença política conhecem os graves problemas do Brasil, mas não assumem uma postura profética de ação e denúncia porque querem aproveitar suas ligações e alianças políticas para avançar suas ambições pessoais, ministeriais ou denominacionais.

Como eles conseguirão denunciar profeticamente a promoção do aborto e do homossexualismo na sociedade brasileira sabendo que o principal responsável por tal promoção é o “ungido” que eles escolheram para a presidência do Brasil? A maioria dos líderes evangélicos do Brasil tem grande responsabilidade por tudo o que está acontecendo na sociedade brasileira e um dia darão contas a Deus por terem trocado a fidelidade a Deus por ambições e dinheiro.

O apoio deles a Lula foi público, de modo que minha exposição do nome deles no meu blog nada mais faz do que tornar público o que já é público. É para que ninguém se esqueça e possa orar por eles e perceber que em questões políticas, os conselhos deles são inconfiáveis.

Apesar de tudo, amo em Cristo cada um desses líderes e já tive oportunidade de conversar pessoalmente com alguns deles, incentivando-os a se arrepender de sua ligação com Lula. Há sempre espaço para a graça de Deus quando os corações se quebrantam e mudam o curso de suas ações.

Cristianismo Hoje: O senhor costuma associar o avanço da militância homossexual à ideologia esquerdista e denuncia uma suposta simpatia do governo Lula à causa da homossexualidade. Na sua opinião, a aprovação do PL 122/2006 é uma bandeira do atual governo? Qual seria a intenção do governo em favorecer o segmento?

Julio Severo: Quem diz que apóia a agenda gay é o próprio presidente Lula, que declarou recentemente: “Alguns setores atrasados e ao mesmo tempo hipócritas — já propus a criação do Dia de Combate à Hipocrisia — têm criticado nosso governo por apoiar iniciativas que criminalizam PALAVRAS e atos ofensivos à homossexualidade. Isso não tem importância. Continuarei — com o apoio de todo o Governo — a manter essa atitude.” No início de seu governo, em 2003, a equipe diplomática de Lula apresentou na ONU resolução pioneira classificando o homossexualismo como direito humano inalienável. Semelhante resolução do governo Lula foi apresentada na Organização dos Estados Americanos. No Brasil, há o programa federal “Brasil Sem Homofobia”, para impor a doutrinação homossexual à população, pois conforme divulgou instituição de pesquisa ligada ao PT, 99% da população do Brasil não aceita o homossexualismo. E quem é que pode esquecer que Lula declarou que a oposição ao homossexualismo é uma “doença perversa”, convertendo assim a vasta maioria dos brasileiros em “doentes”? Quando um povo não vê a doença moral do seu próprio presidente, o doente é que acabará acusando os sãos de serem doentes!

Além disso, seu governo patentemente esquerdista é ávido promotor do aborto, tanto no Brasil quanto na ONU. Temos um governo satanicamente pagão, que imita perfeitamente o culto idolátrico de Baal, cujos sacerdotes eram homossexuais e cujas oferendas a Baal incluíam o sacrifício de bebês. Lula em nada difere deles. Ele é o rei Acabe do Brasil. O que faz Lula apoiar tanto o homossexualismo? O mesmo que fazia o rei Acabe do antigo Israel apoiar o homossexualismo inerente ao culto de Baal. Quanto ainda falta para classificarmos Lula e seu governo como possessos?

Dou todo o meu apoio à criação do Dia de Combate à Hipocrisia. Lula merece. O Brasil precisa urgentemente de um dia nacional para combater a hipocrisia do presidente e sua ideologia.

Se um governo estrangeiro estivesse fazendo contra o Brasil apenas 10% dos crimes que o governo Lula vem cometendo — como obrigar crianças inocentes a receber doutrinação imoral e pró-homossexualismo nas escolas, com distribuição de cartilhas pornográficas e camisinhas para crianças de 10 anos! —, seria caso de declarar guerra. Se um estranho da rua fizesse isso, seria caso de polícia. Por que Lula e seu governo imoral deveriam escapar impunes? Por que eles mereceriam ser poupados? O fato de que até agora ele não foi submetido a um justo impeachment mostra que os políticos e outros líderes do Brasil não são sérios.

Décadas atrás, quando o Brasil era muito mais católico e conservador do que hoje, Lula seria muito merecidamente enxotado aos pontapés da presidência do Brasil. Hoje, é ele quem está enxotando aos pontapés a moralidade e a honestidade do governo e da sociedade.

Cristianismo Hoje: Em alguns de seus artigos em seu blog, o senhor menciona uma suposta imposição da mídia, no sentido de que a homossexualidade seja aceita e entendida como comportamento normal. Pode citar alguns episódios em que isso tenha acontecido?

Julio Severo: A doutrinação homossexual da mídia e notória e descarada, onde homossexuais são falsamente retratados como anjos inocentes e os não homossexuais como desequilibrados e desajustados. Nas novelas, os “casais” homossexuais são os grandes exemplos de paz e harmonia, enquanto que o casamento normal é apresentado como palco de conflitos, ódio, inveja, traição, etc. Quem não se lembra da novela Duas Caras, escrita pelo homossexual Aguinaldo Silva, militante de esquerda? Sua novela literalmente pinta os evangélicos como loucos e violentos e os homossexuais promíscuos como símbolos de gentileza, educação e “santidade” politicamente correta.

Cristianismo Hoje: Há algum tempo, o senhor teve um forte embate com um líder evangélico famoso por ter mencionado que seu filho seria homossexual. Esse conflito foi amplamente divulgado na internet, levando aquele pastor inclusive a querer tirar a história a limpo fisicamente. Por que o senhor tomou aquela atitude e como está sua relação com aquele líder neste momento?

Julio Severo: Aquele líder, por sua própria confissão, não se considera mais evangélico. Hoje ele se vê como o grande denunciador dos “problemas” dos líderes evangélicos. Mas onde não há problemas? O que ele quer é desviar a atenção do público dos seus graves problemas pessoais, se justificando em cima dos escândalos dos outros. Não achei justo que alguém que se considera julgador e avaliador dos problemas evangélicos não tivesse tempo de cuidar do próprio filho, que estava “casado” com um pastor gay. Aliás, o filho dele chegou a estudar para ser pastor de uma igreja gay. O que a Bíblia diz? Aquele que quer tirar o cisco do olho dos outros primeiro deve tirar o pedaço de pau do próprio olho. Esse líder, envolto no pecado de ter destruído seu próprio casamento, agora quer se justificar em cima de todo e qualquer erro de toda a liderança evangélica. Presumo que ele deve estar muito contente, pois se a liderança evangélica hoje está obscenamente ligada ao governo Lula, foi porque ele mesmo ajudou. Ele próprio já confessou que trabalhou durante anos para aproximar Lula dos evangélicos e os evangélicos de Lula. Assim, além de ser culpado de adultério em sua vida familiar passada, ele também é culpado de levar a maioria dos líderes evangélicos do Brasil a um relacionamento de adultério político com Lula e a esquerda.

Nunca pensei em lidar com os problemas morais desse homem, porém a exposição do caso foi inevitável. Tudo começou quando alguém me mandou um email contendo declarações dele sobre homossexualidade. Em resposta, mencionei muito brevemente algum problema sério dele. O destinatário enviou minha resposta à sua própria lista, onde alguém remeteu ao ex-evangélico, que explodiu, escrevendo-me uma resposta grosseira e desafiando-me a postá-la no meu blog. Fiz isso.

Cristianismo Hoje: O PL 122/2006 tem sido combatido de maneira intensa por muitos setores evangélicos, que identificam no seu conteúdo uma ameaça à liberdade religiosa no país. Contudo, o Artigo 5º da Constituição Federal assegura ampla liberdade de crença e direitos individuais de opinião, inclusive na forma de cláusulas pétreas. Não tem havido muitos exageros nesta questão?

Julio Severo: A perseguição aos cristãos alcançou a Alemanha e a Rússia no passado porque os cristãos não souberam reconhecer que, por trás das mentiras e fachada, o nazismo e o comunismo são ideologias destrutivas. É sempre assim: o sistema de perseguição entra na sociedade em roupagem elegante, como eram elegantes o nazismo e o comunismo. Depois da lua de mel, vem o poço do abismo. O PLC 122 é um projeto que nem elegante é e que mal consegue disfarçar suas más intenções. É um projeto ridículo para satisfazer a má intenção de políticos ridículos. Não perceber suas ameaças é normal para mentes desatentas, assim como foi normal mentes desatentas na Alemanha não perceberem os perigos do nazismo.

Quando meu livro “O Movimento Homossexual” foi publicado em 1998, muitos o acharam exagerado e disseram que suas previsões nunca ocorreriam. Infelizmente, acabaram ocorrendo. E quem leu, hoje me chama de profeta. O exagerado de ontem é o profeta de hoje. O “exagerado” de hoje será o que amanhã?

A ameaça do PLC 122 não é vista somente por evangélicos. Muitos sabem que levantei um alerta nacional em fevereiro de 2007 contra esse projeto de lei. Depois, veio a enorme repercussão, tornando o PLC 122 famoso entre os evangélicos. O que poucos sabem é que os católicos estão igualmente preocupados. Em fevereiro de 2007, um líder católico me telefonou pedindo minha ajuda para alertar o Brasil contra esse projeto. Tudo o que ele queria era uma mensagem minha, assinada por mim, que seria amplamente divulgada por uma grande equipe católica. Através dessa aliança entre um evangélico e católicos, o alerta tocou o Brasil inteiro.

Cristianismo Hoje: Além, evidentemente, dos militantes gays e das entidades de defesa dos homossexuais, a quais outros setores interessaria a aprovação daquele projeto?

Julio Severo: Ao governo. Essencialmente, leis anti-“homofobia” e outras leis de favorecimentos a minorias fomentam a luta de classes, enfraquecendo os grupos sociais e fortalecendo o poderio estatal. O Estado moderno de orientação socialista estabelece e apóia mecanismos políticos, sociais e culturais para fragmentar todas as formas de poder (família, igreja, etc.) a fim de instituir como resultado final apenas uma forma de poder central: o Estado. Esse Estado, com sua ânsia e voracidade de poder, é de longe a maior ameaça à sociedade.

Vivemos o trágico cumprimento das “profecias” orwellianas, onde o termo “direitos” vem sendo modificado e adulterado para significar outras coisas. “Direitos” agora quer dizer concessões estatais que escondem imposições e a escravidão do Estado sobre as pessoas.

Todas as palavras agradáveis que conhecemos (democracia, liberdade, direitos individuais, liberdade de expressão, etc.) estão sendo desfiguradas de seu sentido original para se adequarem a propósitos estatais de controle e manipulação das massas. Na aparência, o Estado está apenas sendo muito “bonzinho” e “justo” ao oferecer — gratuitamente e de bandeja — mais direitos para a população. Mas esses novos direitos são nada menos do que iscas para capturar o coração dos cidadãos. Depois da captura, o Estado sai fortalecido à custa da verdadeira liberdade civil e da integridade das famílias.

Nesse sentido, a consagração política e legal do “casamento” homossexual e da ideologia de gênero, com o conseqüente extermínio do padrão sexual normal homem/mulher e da família natural, atende perfeitamente aos interesses dos grupos feministas, abortistas, humanistas, socialistas, homossexualistas, ateístas, etc. Não é à toa que o Estado brasileiro sustente, com muitos impostos, uma infinidade de ONGs que nenhuma utilidade social têm, a não ser ecoar os próprios interesses e aspirações do Estado socialista.

Cristianismo Hoje: Quais são seus próximos planos na esfera pessoal e profissional?

Julio Severo: Continuar orando e atuando para que o nome de Jesus Cristo seja glorificado e para que o Reino de Deus avance no Brasil e no mundo.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Geração de ofendidos

Isaias Medeiros

Vivemos numa sociedade de pessoas “ofendidas”. O negro, por exemplo, que nunca soube que ser chamado de tal forma fosse ofensivo, aprendeu a se ofender com o nome que sempre designou a sua etnia (não raça, pois raça existe somente uma, a humana, da qual todos igualmente fazemos parte). Dessa forma, o negro agora não quer ser chamado de “negro”, pois alguns brancos lhe disseram que este termo é pejorativo, que significa algo ruim, inferior, e ele acreditou. Assim sendo, não existem mais os “negros”, e sim os “afro-descendentes”. O irônico (para não dizer perverso) é que este nome é bem mais “branco” do que qualquer outra coisa. É uma terminologia muito mais familiar ao mundo acadêmico (majoritariamente branco e elitista), do que à realidade daqueles que ela própria designa. Eu nunca vou ouvir um morador de alguma periferia (onde reside a maior parte dos negros) dizer com naturalidade que é um “afro-descendente”, ou mesmo que mora numa “área em situação de risco social” (só mesmo em propaganda política do PT). Quem fala bobagens deste tipo normalmente é funcionário público, pertence à classe média, e só lembra-se dos companheiros proletários “menos favorecidos” (os antigos “pobres”) na época das eleições.

Estas são expressões típicas das esquerdas, criadas pela moderna “elite intelectual” stalinista, e elegantemente mugidas pelos seus subalternos. Os conhecidos criadores de casos, ratos de diretórios acadêmicos e fãs de pós-graduações, chegaram à brilhante conclusão de que é mais vantajoso para eles lutar para “resolverem” problemas que não existem, do que tentar melhorar as situações reais, que objetivamente necessitem de mudanças. A estratégia é a seguinte: Elege-se um “grupo em situação de risco social”; elencam-se “discriminações”, “preconceitos” e outras “ofensas” que esse grupo nunca tomou conhecimento que sofria, e então se inicia um agressivo trabalho de “vitimização” dos seus integrantes, até que estes acreditem que realmente haviam sido injustiçados, “postos à margem da sociedade”, “excluídos do sistema” e outras asneiras parecidas com essas.

A esquerda, além de até hoje não ter resolvido nenhum dos nossos problemas, ainda gasta o nosso dinheiro para gerar e promover novos distúrbios sociais. E nem estes ela consegue solucionar. Mas, isto não é de causar estranheza. Os revolucionários nunca apontam soluções ou as põem em prática, mesmo quando podem.

O que eles querem é: 1º - fragmentar a sociedade em grandes “minorias”, assim as pessoas perdem a noção de sociedade como um todo e pensam que aqueles que supostamente as defendem irão fazê-lo especialmente ainda mais, caso estejam ou permaneçam no poder; 2º - colocar cada um desses fragmentos em alvoroço, num estado permanente de insatisfação, impulsionado por uma sensação artificialmente criada de estar sendo violado em seus direitos fundamentais o tempo todo; 3º - chegar ao poder; 4º - tomar o poder. O PT ainda não conseguiu tudo o que quer. É por isso que ele continua a fomentar a histeria coletiva de várias “minorias discriminadas”: os homossexuais, as mulheres, os “afro-descendentes”, os abortistas, os adoradores do diabo etc.

Aproveitando o ensejo, eu também quero reivindicar publicamente a minha condição de “ofendido”. Como cristão que sou, venho me sentindo ameaçado em minha diversidade religiosa. Faço parte de uma comunidade em situação de risco social, que vêm sendo constantemente discriminada pelo movimento gay e pela grande mídia, que ameaçam censurar o meu livro de fé em todos os trechos que lhes convém. Em face disto, exijo a implementação de políticas públicas que assegurem a nossa liberdade de consciência e de culto judaico-cristão. Nossa pluralidade cultural (pois temos irmãos em praticamente todos os países e, portanto, representantes de inúmeras culturas) não está sendo valorizada enquanto manifestação multifacetada que reflete uma organização social composta por atores sociais ricos em diversidade de dons e participantes de uma graça multiforme. Também desejo expressar a minha indignação contra o preconceito que os evangélicos sofrem, ao serem rotulados de ignorantes por pessoas que nunca puseram os pés em uma igreja evangélica e, evidentemente, baseiam-se em idéias pré-concebidas sobre os crentes para formularem suas opiniões a respeito dos mesmos.

Para finalizar, como integrante de uma “maioria duramente discriminada”, a das pessoas que não são perfeitas, mas tentam ao menos ser decentes, passo a expor a seguir, sete coisas que me ofendem profundamente:

1. O Brasil possuir um Presidente da República “altamente inflamável”, “ligeiramente analfabeto”, “quase corrupto” e que ainda defende o homossexualismo como “direito humano inalienável” na ONU;

2. Nós termos um Ministro de Estado (Carlos Minc) que participa da mui digna “Marcha da Maconha” e depois disso pensa que tem “um teco” de moral para criticar os evangélicos;

3. Num país de maioria cristã, um ministro do candomblé ter sido nomeado Ministro de Estado (adivinha de qual Gilberto Gil eu estou falando);

4. O Terrorismo de Estado que vem sendo praticado pelo governo do PT, através do programa “Brasil sem homofobia”, usado para perseguir politicamente e criminalizar toda e qualquer manifestação contrária ao movimento gay e ao homossexualismo, desrespeitando assim os valores cristãos, a família e os direitos constitucionais da esmagadora maioria dos cidadãos brasileiros, que não concordam com o modo de vida gay (segundo pesquisas recentes deste mesmo governo);

5. Um indivíduo que declarou publicamente ter tido mais de 500 “parceiros sexuais”, e que é acusado de cometer o crime de apologia à pedofilia, o “Professor-Doutor” Luiz Mott, “Decano-do-Movimento-Gay-no-Brasil”, como ele mesmo gosta se intitular, receber a mais elevada condecoração do Ministério da Cultura, a “Medalha de Comendador da Ordem do Mérito Cultural”, sem aparentes justificativas;

6. Certas religiões “afro-brasileiras” que fazem trabalhos para destruir a vida financeira, familiar e espiritual das pessoas; que sacrificam e estupram crianças em rituais de magia negra; que possuem entidades espirituais que só “incorporam” em indivíduos gays, deixando clara a relação entre o homossexualismo e essas crenças (“quimbanda” significa também “homem efeminado”);

7. A absoluta falta de respeito dos nossos governantes pelos valores cristãos da imensa maioria do povo brasileiro, que têm a Bíblia como livro sagrado e norma de conduta moral e espiritual. Pesquisas recentes mostram que 99% dos brasileiros não consideram normal o homossexualismo, 92% crêem que Deus criou o homem e a mulher com sexos diferentes para que tenham filhos e 66% o consideram um pecado contra Deus. **Mas, ao invés de o governo respeitar a liberdade de consciência destas pessoas, ele as rotula preconceituosamente de “preconceituosas” e criminosamente de “homofóbicas”, pois imputa a elas um “crime” que nem sequer existe.

Irmãos cristãos, não votem em esquerdistas nas próximas eleições. Nós somos maioria.

Nenhum assassino de crianças (abortista), anti-família, ou anticristão chegará ao poder se nós não permitirmos.

Basta você colocar a sua fé em Jesus e seus valores morais acima de qualquer simpatia pessoal por algum candidato ou mesmo por uma ideologia política.

Lembre-se: VOCÊ NÃO PODE SERVIR A DOIS SENHORES. É a Palavra de Deus quem diz (Mateus 6:24).

Decida-se!

*Isto se configura, inclusive, como um atentado ao Estado Democrático de Direito, pois viola os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros (Art. 5º, inciso VI da CF), sendo esta conduta agravada pelo fato de o Estado ameaçar puni-los pela prática de suposto fato típico e antijurídico (crime) não previsto pela lei (“homofobia”), ao arrepio do Código Penal Brasileiro, que declara em seu art. 1º que não há crime sem lei anterior que o defina. Além disso, de acordo com o art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil (Decreto-lei nº 4.657, de 4/7/1942), “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do Direito”. Para isso, ele lançará mão do recurso da analogia, dos costumes jurídicos e do conjunto de pressupostos consagrados que inspiram a legislação. Um desses princípios afirma que “quem exerce seu próprio direito não prejudica ninguém”. Como pode então o mero exercício da liberdade de consciência, que é direito fundamental de cada brasileiro, previsto na CF do Brasil, prejudicar a outrem, ameaçando-lhe direito? Só mesmo na fantástica República das Bananas, que é dirigida por uma lula com cabeça de camarão.

Referências:

COTRIM, Vieira Gilberto. Direito e Legislação Introdução ao Direito. São Paulo – SP. Editora Saraiva. 21ª edição - 2000. 3ª tiragem – 2001. p. 79, 80, 93.

http://juliosevero.blogspot.com/2009/06/brasileiros-nao-apoiam-homossexualidade.html

http://juliosevero.blogspot.com/2009/05/ira-odio-aos-judeus-e-o-esquizofrenico.html

http://www.historia.uff.br/cantareira/edic_passadas/v9/6.htm

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/01/301883.shtml

Fonte: O Cristão Revoltado

terça-feira, 7 de julho de 2009

Meu Ídolo ressuscitou, e o seu?

"Ele não está aqui, mas ressuscitou" (Lucas 24:6). Jesus ressuscitou! Ressuscitou! Essa palavra ressoa poderosamente atravessando os séculos. Ela pode ter sido a palavra mais poderosa que jamais foi pronunciada. Entre todas as grandes proclamações da História, nenhuma se compara, em grandeza de significação a esta simples afirmação. Esta declaração levou o espanto e a alegria aos seguidores de Jesus. Ela se tornou o assunto central da pregação apostólica. De fato, cada ponto da Bíblia gira em volta desta ressurreição vitoriosa de Jesus Cristo, deixando a sepultura e o poder do diabo que essa sepultura representava.

Por causa da ressurreição de Jesus, podemos ter fé, esperança e salvação do pecado.Como o apóstolo Paulo enfatiza, se Cristo não houvesse ressuscitado, nossa fé seria vã. Porque Jesus conquistou a morte, podemos aguardar uma vitória eterna sobre a prisão da cova. (I Coríntios 15). Com este milagre Deus oferece a maior prova da Sua existência, de Seu poder, de Sua pureza e de Seu amor. Tudo o que é bom em Deus é resumido na força desta declaração: Jesus ressuscitou! Todas as nossas esperanças na eternidade estão contidas nesta simples expressão de triunfo.

Agradeçamos a Deus pelo fato maravilhoso que é a ressurreição de Jesus. Tomemos a resolução de viver cada dia como seguidores vitoriosos de nosso triunfante Senhor, de maneira que possamos elevar-nos para estar com Ele na Eternidade.

Que estas palavras soem claramente em nossos ouvidos: Jesus ressuscitou!

João Batista - Preparando o Caminho do Senhor


A profecia aponta para a obra de preparo feita por João. Ele é a voz do deserto clamando: "Preparai o caminho do Senhor" (Isaías 40:3). Malaquias disse que João haveria de preparar "o caminho diante" do Senhor (Malaquias 3:1-2). O preparo espiritual de João é um indício da natureza espiritual do reino.

João começa a sua obra identificando-se. "Eu não sou o Cristo " (João 1:20), disse ele. Ele é aquela voz que prepara o caminho do rei (João 1:23). Um anjo resumiu a obra de João: "Irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado" (Lucas 1:17).

1. O preparo para a vinda do reino foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento. João advertiu os fariseus e os saduceus: "Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo" (Mateus 3:10). Multidões escutavam o apelo de João: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mateus 3:2). Os que atendiam ao chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado produzindo "frutos dignos de arrependimento" (Mateus 3:8). Muitos foram batizados por João no rio Jordão. Uma geração de víboras rejeitou a mensagem, ao passo que outros permitiram que o mensageiro de Deus os preparasse.

João Batista veio com a disposição e o poder de Elias (Lucas 1:17). Em nenhum lugar isso é mais claro do que na descrição de Lucas 3:18-19: "Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o evangelho ao povo; mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito". O preparo para o reino espiritual que estava por vir exigia uma obra de escavação. Os vales tinham de ser preenchidos, e os montes tinham de ser rebaixados. Assim como Elias fez o que pôde para tirar a idolatria, o assassínio e a desonestidade (1 Reis 18, 19), também João opôs-se aos pecados da nação e os desmascarou. Entre esses pecados estavam "todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito".

2. O caminho do rei foi preparado por João, mostrando especificamente a mudança que deve ocorrer na vida dos homens. João não só condenava o mal, mas salientava a mudança que Deus espera das pessoas perdoadas. Os publicanos, os soldados e o povo em geral perguntavam: "Que havemos, pois, de fazer?". A Voz exigia generosidade (Lucas 3:11), honestidade (Lucas 3:13) não-violência e contentamento (Lucas 3:14). A preparação feita por João foi para um caminho de santidade, e o povo de Deus deve andar nesse caminho (Isaías 35:8-10).

3. João preparava para o reino vindouro referindo-se ao rei do reino. Não bastava advertir a nação judaica para que fugissem da ira de Deus (Mateus 3), nem instruí-los com respeito ao procedimento esperado por Deus (Lucas 3), mas era essencial que o rei que estava por vir fosse identificado. João tinha estado batizando em Betânia e, no dia seguinte, quando viu Jesus se aproximar dele, exclamou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29). Jesus era visto por João como aquele tipificado no cordeiro pascal, e como aquele cordeiro que "foi levado ao matadouro" pelo pecado do homem (Isaías 53).

A eficácia da obra de João é exemplificada no primeiro capítulo do livro de João. "No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus" (João 1:35-37). Ao levar esses dois discípulos ao rei do reino espiritual de Deus (João 18:36-37), João havia desempenhado bem a sua função. Dois homens preparados estavam prontos para se tornar discípulos de Cristo, e mais tarde seriam parte do fundamento do reino, no qual todos os santos seriam cidadãos (Efésios 2:18-22).

- por Robert H. Bunting

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pastor que incentivou criminoso arrependido a se entregar para a polícia cai na teia das leis anti-discriminação

Um pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Trabalhadores da Última Hora fez o que o governo, apesar de toda a carga de impostos que cobra, não faz: reabilitar um criminoso. O Pr. Isaías da Silva Andrade recebeu em sua igreja Rodrigo Carvalho Cruz, conhecido como “Tico”, acusado como autor de roubo e a morte do turista italiano George Morassi, em novembro de 2007. Ali, Tico recebeu o Evangelho e aceitou Jesus.

Em seguida, o pastor aconselhou o criminoso arrependido a se entregar para a polícia. Lá chegando, porém, o próprio pastor caiu vítima de acusações criminais — por causa das tendências politicamente corretas. Ele foi denunciado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por prática de preconceito religioso contra as entidades do candomblé.

A denúncia, encaminhada para o juiz Flávio Marcelo Fernandes, da 37ª Vara Criminal da Comarca da capital, é de autoria da promotora Márcia Teixeira Velasco.

Citando a reportagem “Ladrão se entrega com Bíblia na mão” do jornal “Meia Hora” (edição de 27 de novembro de 2007), a denúncia do MP-RJ diz que o pastor Isaías da Silva Andrade “praticou, de forma livre e consciente, discriminação ou preconceito de religião”. Ao fazer uma declaração sobre Tico, o pastor disse:

“Ele estava possuído por uma legião de demônios, como o Exu Caveira e o Zé Pilintra. Fizemos uma libertação nele e o convencemos a se entregar hoje”.

O pastor disse isso nas dependências da DC-Polinter, onde acompanhava a apresentação de Tico à polícia.

Na opinião da promotora, o candomblé e seus praticantes “foram atingidos diretamente com a declaração racista e discriminatória, eis que o denunciado vilipendiou entidades espirituais da matriz africana, com a espúria finalidade de proteção de autor de nefasto crime”.

O processo foi auxiliado por Leonardo Chaves, subprocurador Geral de Justiça de Direitos humanos. As novas definições de direitos humanos incluem proteção às práticas de bruxaria e cada vez mais às práticas homossexuais, de modo que o mesmo governo que tem dificuldade de identificar e punir criminosos reais — estupradores, assassinos, etc. — encontra agora maior facilidade de identificar e punir pessoas que nunca cometeram crimes reais, mas que transpuseram os limites das categorias de crimes artificiais impostas pelo Estado.

Agora, o foco da atenção não mais são os crimes reais de Tico, mas os crimes imaginários do Pr. Isaias. Ele cometeu, na opinião do infalível Estado, o imperdoável pecado de ofender demônios do candomblé.

O caso, que está sendo acompanhado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, é o primeiro onde um pastor é denunciado criminalmente por discriminar religiões afro-brasileiras como o candomblé. Se condenado, o pastor pode pegar de dois a cinco anos de detenção.

Manobra abortista e homossexualista do Presidente Lula

Segundo noticiou a Folha de São Paulo de 30 de junho de 2009, o Presidente Lula nomeou somente em 29 de junho próximo passado Roberto Monteiro Gurgel Santos como o novo Procurador-Geral da República. Roberto Gurgel era, até então, Vice-Procurador-Geral da República e o candidato mais votado pela Associação Nacional dos Procuradores da República, candidato favorito do Procurador-Geral da República Antonio Fernando de Souza e um dos integrantes do grupo que foi formado pelo ex-procurador-geral da República Cláudio Fontelles. Uma das características desse grupo é o de ser grande defensor pró-vida, tanto que Cláudio Fontelles foi o autor da ação que tentou impedir a pesquisa com células-tronco embrionárias no Brasil, ação que acabou sendo rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal em 2008.

Apesar de ter recebido a lista tríplice do Ministério Público bem antes do término do mandato do atual Procurador-Geral, o Presidente Lula adiou propositadamente a nomeação, que ainda tem de ser ratificada pelo Senado Federal. Com essa demora, assumiu a Procuradoria-Geral da República a procuradora Deborah Duprat, de 50 anos, que aproveitou esse período para tomar algumas providências que dificilmente seriam tomadas pelo novo procurador-geral. Por exemplo, ela deu parecer favorável ao aborto de fetos anencefálicos na argüição de descumprimento de preceito fundamental que está em curso no Supremo Tribunal Federal, como também ajuizou argüição de descumprimento de preceito fundamental para a legalização de uniões homossexuais, o que, aliás, já fez. Duprat trabalhou com “minorias”, o que revela certa ligação dela com os homossexuais.

Como a decisão de nomeação, segundo a Folha de São Paulo, foi feita em conjunto com o Advogado-Geral da União José Antonio Toffoli, que defendeu recentemente o aborto em entrevista à revista Veja (além de ter sido um dos principais defensores da pesquisa com células-tronco embrionárias), dá para se ver claramente que a demora para a nomeação do Procurador-Geral da República foi propositada, a fim de que Deborah Duprat pudesse tomar essas iniciativas, que estão perfeitamente de acordo com o programa do Partido dos Trabalhadores.

Pastor é assassinado por pai-de-santo incorporado: Cadê a lei contra “intolerância” religiosa?

Claro que o pai-de-santo Ivanir ficou e ainda está de boca fechada com relação ao caso do pastor assassinado por um pai-de-santo. Em 20 de dezembro de 2008, foi assassinado no Rio Grande do Sul o Pr. Francisco de Paula Cunha de Miranda, de 47 anos. O pastor, que era negro (e não pode, nem depois de sua morte, ser acusado de “racismo”), estava no 33º dia de jejum de uma campanha de oração quando o pai-de-santo Júlio César Bonato, sob possessão da entidade “cultural” exu caveira, saiu do terreiro em pleno ritual para ir até o pastor.[8]

O pai-de-santo voltou a seu ritual com sua faca ritualística ensangüentada.

O pastor, que estava bem fraco devido ao longo jejum, foi morto a golpes de faca.

Se fosse o crime de um pai-de-santo assassinado por um pastor, a mídia brasileira e o governo Lula não parariam de fazer barulho. E o pai-de-santo Ivanir dos Santos estaria gritando na ONU, usando e abusando do “exemplo” do ódio dos evangélicos à “cultura” afro-brasileira.

Entretanto, esse não foi o caso, de modo que o governo Lula e a mídia dispensam o barulho. Aliás, eles optaram pelo abafamento. Até agora o caso do pastor negro não chegou à grande imprensa brasileira. E se algum dia chegar, darão um jeito de culpar a vítima, que está morta e não pode se defender.

Enquanto isso, facadas estatais e midiáticas atacam e silenciam toda tentativa de alerta cristão contra a séria ameaça da feitiçaria.

Fifa repreende comemoração religiosa do Brasil na África


A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião. A Fifa confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.

Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes da Europa. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir o Brasil.

"A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi "exagerada". "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora", disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome "providências" e que busca apoio de outras associações.

As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento. Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida. Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.

A Fifa mostrou seu desagrado na época. Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira. A entidade diz que está "monitorando" a situação. E confirma que "alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto". A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final. E as leis apenas falam da situação em jogo.