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sábado, 23 de abril de 2011

Suas calças e um papo de louco.



O Crente mudou.

O que passou um bom tempo distante e inassociável, com as próprias saias compridas e a falta de tesoura, agora quer estar perto, com a mesma calça xadrez e barba rala.

Com as mesmas tatuagens.

Trocaram o crentês pelo alternativo. Lêem Sartre pra argumentar filosofia. E o caderninho de corinhos desafinadamente reproduzido foi substituído por músicas (algumas) cheias de texturas (até onde a criatividade e originalidade de alguns pode levar).

Uma forma de se “parecer” com o mundo, sendo diferente.

Dizer que tem um papo de louco que vai te encher de amor e te fazer encontrar a Verdade, usando a mesma linguagem. Próxima. Diferente, mas parecida.

Mais aceitável?

Aceitável pra quem?

Aquilo que antes seria tratado com forte correção pastoral, agora é incentivado pelo evangelismo (às vezes pelos números).

A moda é se vestir como o mundo, mas buscar a santidade. Ser você mesmo, buscando a Verdade. Proclamando aos ventos que ”VENHAM TODOS!”.

As suas roupas dizem, sem palavras desnecessárias: “olha pra mim, veja que sou igual a você, olha meu cabelo… eu sou como você, mas eu sou santo…”

O jeito “alternativo” de viver quer dizer a mesma coisa.

Mas até que ponto isso é uma verdade?

Das vezes que fazemos isso, estamos querendo que o mundo nos aceite? Ou que o mundo aceite Jesus?

Corremos o risco de viver um sincero engano, aceitando o mundo para nos sentirmos aceitos e mentindo pra nós mesmos que estamos sendo verdadeiros.

Às vezes queremos simplesmente ter um pouco do que não podemos ter. Usar um pouco do que não podemos usar. Esquecendo que nós mesmos escolhemos usar algo diferente.

Livre e aceito por Deus, aceitando em primeiro lugar a vida Dele. Alcançando o mundo mostrando uma identidade firme que sabe o que quer e sabe pra onde vai. Foi assim que Ele viveu. Não se importando nem um pouco com qual roupa usava, sabendo que teria uma pra usar.

Mas a questão é:

Até que ponto você aceita o mundo pra ser aceito por ele? Até que ponto você usa a liberdade cristã pra ser você mesmo?

Aquilo que você põe no corpo é uma maneira de ser aceito pelo mundo, esquecendo que Aquele que realmente importa já te aceitou?

As roupas, barbas, tatuagens e afins realmente importam?

Não.

A igreja de Cristo deve aceitar a todos. Mas o que você aceita em si mesmo? Até que ponto você aceita o pecado pra que o mundo aceite você???


Sobre o Autor:

Já fui muito mais inteligente. Já fui muito mais interessante. Já fui muito mais engraçado. Mas nunca realizei tanta coisa como nos últimos dias. Eu queria ser diferente. Hoje, sou comum como pingo d’água. Já fiz coisas que sonhei por tempos em fazer, pra no fim ver que não valia nada. Mas, com toda certeza, nunca tive dias tão bons como os últimos.

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