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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Irã ameaça destruir Israel caso ataque centrais nucleares


Presidente israelense avisou: ação militar é mais provável do que a diplomacia

O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad defende que instalações nucleares iranianas têm "fins pacíficos"
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad defende que instalações nucleares iranianas têm "fins pacíficos" (Atta Kenare/AFP)
O chefe de estado-maior adjunto das Forças Armadas iranianas, o general Masud Jazayeri, ameaçou destruir Israel se o estado hebreu atacar as instalações nucleares do Irã. "O centro (nuclear israelense) de Dimona é o local mais acessível para o qual podemos apontar e temos capacidades ainda mais importantes. Ante a maior ação de Israel, veremos sua destruição", advertiu o general Jazayeri, citado pela televisão iraniana em idioma árabe Al Alam. 
O presidente israelense Shimon Peres avisou no domingo que a possibilidade de um ataque militar contra o Irã é maior que a de uma ação diplomática, em declarações ao jornal Israel Hayom. "Não acredito que já tenha sido tomada uma decisão a respeito, mas dá a impressão de que os iranianos vão se aproximando da bomba atômica", acrescentou. "Não temos que revelar nossas intenções ao inimigo", explicou.
As tensões entre os dois países aumentam um dia depois que um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revelou que há indício claro de que o Irã pode estar desenvolvendo armas nucleares, afirmando que tem "sérias preocupações" a respeito das dimensões militares do programa nuclear iraniano. Citando informações "confiáveis" de inteligência estrangeira e investigações próprias, a entidade indicou que o Irã praticou atividades relevantes para o desenvolvimento de um dispositivo nuclear explosivo.
Resistência - Mesmo assim, a República Islâmica voltou a afirmar nesta quarta-feira quejamais abandonará seu programa nuclear. Contudo, o embaixador Ali Asghar Soltaniyeh prometeu continuar cooperando com AIEA. "O Irã jamais abandonará seus direitos legítimos em termos nucleares, mas, como país responsável, continuará respeitando suas obrigações dentro do Tratado de Não-proliferação Nuclear", que prevê a supervisão de suas atividades pela AIEA, declarou Soltaniyeh, citado pela agência oficial iraniana Irna.
Sanções - Também nesta quarta, o ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, reivindicou "sanções duras" contra o Irã e afirmou que a convocação do Conselho de Segurança da ONU para discutir a resistência iraniana é imperativa. "Estamos determinados a reagir. O Conselho de Diretores da AIEA deve condenar explicitamente a conduta do Irã", declarou Juppé à Rádio França Internacional. "O relatório da AIEA mostra que o Irã continua com suas atividades e continua se negando a dialogar de forma transparente sobre todas as tecnologias que permitam fabricar uma arma atômica", destacou. "Essa situação é inaceitável".

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